PLAYING WITH FEELINGS, CAPÍTULO 2

Sexta Feira, 22 de Abril de 2011, 12:42, casa abandonada 

Thur:
Estávamos no nosso esconderijo de sempre, a casa abandonada que ficava atrás da escola. Para entrarmos lá bastava pular o muro do colégio ou rodear o quarteirão e abrir o portão enferrujado, o que quase nunca era feito por nenhuma pessoa do nosso grupinho.


Preguiça.. santa preguiça.

Ouvi um barulho de alguém caindo lá fora, provavelmente era as duas desmioladas.

– Se tiverem começado sem mim eu vou enfiar o dedo no rabo de cada um de vocês –ouvi a voz de Lua confirmando o que eu havia suspeito, os passos dela e de Sophia adentraram a casa. 

– Avisou tarde demais, baby –Pedro virou a segunda dose de vodka e sorriu para ela.
– Vocês são uns filhos da puta mesmo –ela mostrou o dedo do meio para ele
– Você me daria medo, se eu já não tivesse ficando tonto –Chay falou rindo retardatariamente como um retardado, o que ocasionou a risada de todos os outros. 
– Ok, me passa um copo desses –Sophia pegou um copo e o serviu até a boca virando em seguida, acompanhada de gritos “vira, vira, vira” e virou. 
– É princesinha, até que você ta se saindo bem –Lua falou zoando a prima, que tinha nos lábios um sorriso largo.
– Agora é minha vez –Passando pelo mesmo processo que Sophia, Lua virou a bebida, logo queria mais. 
Ela se sentou ao meu lado. 
– Vocês estarão fodidas se chegarem em casa bêbadas, não? –eu perguntei, e Lua deu de ombros
– Foda-se. 
– A bebida não é minha e eu não conheço a Lua Blanco – disse fazendo-a  ri. 
– Não se preocupe querido Thur, eu não sou dedo duro –ela disse com ironia, e me mostrou a língua.
Continuamos bebendo até a garrafa de vodka se acabar, eu literalmente estava tonto. Todos estavam, aliás
Pedro tirou uma caixinha de marlboro do bolso, e colocou um cigarro em sua boca, acedendo com um isqueiro prata. 
– Alguém quer? –ele ofereceu, Lua foi a primeira a aceitar, logo Rayana, Micael e eu também pegamos um e começamos a fumar.
– Alguém me salva de um tédio assustador amanhã? –Lua disse soltando a fumaça do cigarro.
– A gente podia fazer uma bobeira amanhã, sair para uma balada, que tal? –Pedro sugeriu
– Balada é sempre a sua opção Pedro –Lua revirou os olhos
– Ah, mas seria uma boa para colocar aquela aposta em dia –disse fazendo todos olharem para mim rindo 
– Eu duvido que ela vai transar com você cara.. não sei como ainda teve coragem de aceitar essa aposta. Causa perdida –Mica contestou já prevendo uma possível derrota.
– Que nada, eu pego ela fácil, fácil.
– A Amanda Solei? DÚVIDO –Lua gargalhou inclinando um pouco a cabeça para trás, depois voltou a ficar séria e tragar seu cigarro 
– Ah que ridículos vocês.. Amanda é uma vadia, adora dar por aí, só que com classe, digamos assim.
– Com classe? Como assim? –Rayana perguntou franzindo o cenho
– Ela gosta de caras ricos.. e eu sou rico, rapidinho pego ela de jeito. 
– Ok então, eu pago pra vê isso! –Lua disse– Balada amanhã, fechado? 
– Fechado –todos concordaram