Lua:
Ouvi um barulho estrondoso e eu bruscamente levantei a cabeça acordando e fugindo de um pesadelo qualquer, todos riam da minha cara e eu olhei para Sophia que balançou a cabeça em direção ao professor chato de História.
– Espero não ter atrapalhado seu sono senhorita Blanco –ele enfim se pronunciou com um sorriso sarcástico nos lábios.
– E.. o que faz você pensar que eu estava dormindo?
– A baba que está escorrendo no canto de sua boca –ele apontou o dedo para a sua própria boca me indicando o local e eu limpei a minha aos risos da turma– Além deste rosto amassado. Se recomponha senhorita Blanco, ou pedirei que se retire da sala.
Tentei ficar acordada até o final da aula o que foi muito, mas muito difícil, eu odiava história e odiava o professor que lecionava a matéria, ele era um velho chato e rabugento. O sinal bateu para a minha esplêndida felicidade, como eu nem havia pegado nos meus materiais nem precisei guardá-los e sai daquele inferno como se estivesse correndo da policia.
– Hei Lua, espera! –ouvi a voz de Sophia acompanhado de “clack clack clack” de seus saltos altos. O que fazia aquela menina ir para a escola de salto alto? Ela não podia ser minha prima, não mesmo.
Apesar de muito patricinha, Sophia era muito legal, havia se mudado para Califórnia há pouco tempo e se juntado a más companhia como eu e o bando de vagabundos daquela escola.. Me refiro a Arthur, Chay, Micael, Pedro, Rayana e Mel
– O que foi?
– Tem algo para fazer agora? –ela perguntou em um tom de malicia o que me interessou muito.
– Depende. Alguma sugestão do que fazer?
– Arthur trouxe vodka, a gente ta indo pro lugar de sempre –ela ergueu a sobrancelha com um sorriso malvado em seu rosto.
– Então vamos logo. – Quando se tratara de bebidas alcoólicas, cigarros, baderna com os amigos, não era preciso pedir duas vezes.
Sim. Eu era do gueto.
Eu e a minha adorável -nem tanto- prima tomamos o mesmo rumo, o muro da escola.
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